Chastity, Home Made Satan [CAN, 2019]

[Pra ouvir, clique aqui.]

 

Chastity, Home Made Satan: relato de uma audição.
Aroldo SóSucesso!

Então, ouvi dizer que Chastity é isso e aquilo, que é da parte anglófona do Canadá, que eu sempre achei, em se tratando de rock, uma extensão dos EUA. Que tem letras que contra-atacam com imagens fortes a violência essencial do ultra-reacionarismo que dá as cartas institucionais no norte da América. Passei os olhos por uma pá de rótulos e adjetivos, que ajudam na mesma medida em que entopem minha cabeça, usados para descrever a banda, que na prática atende por Brandon Williams, vocalista cujo ardor deixa meio óbvio que é ele o responsável pelas letras; inclusive, eu queria saber se ele também toca a guitarra nessa “banda”, mas não achei essa informação em lugar nenhum.

Quanto aos rótulos, no momento em que “pós-hardcore” e “shoegaze” apareceram, eu disse “basta e danesse!”, porque isso aqui tem um nome bem cafoninha – por causa da origem autocelebratória de febre juvenil -, mas que vou usar porque ajuda mais que entope: rock and roll. A distância de Chastity para o rock cinquentista é imensa ou mínima a depender da perspectiva, e difícil de apontar exatamente, mas essas conexões existem na ingenuidade atravessada por tristeza sutil em Buddy Holly, na agressividade explosiva e rítmica de Chuck Berry e também na figura do outsider (cujo comportamento desviante o torna uma espécie de pária-ídolo, num círculo vicioso, e isso é assunto para talvez outro texto). E, sem voltas e voltas retóricas, o fato é que há uma razão para que a gente ouça isso e chame de rock e não de outra coisa.

Assim que eu percebi a real, decidi ir direto às faixas, armado de boa dose de ignorância.

Musga 1. “Flames”. Melodia boa. Para além dos rótulos, essas faixas se pretendem canções, logo dependem muito das melodias. A guitarra é ensolarada como as fotos da Califórnia dos anos 1970 em que aparecem aqueles jovens lindos e já meio decadentes. Será que eu penso nessas imagens porque o som me remete ao feito naquela época e lugar? Quantos clichês já me meteram na cabeça, eu me pergunto seriamente, motivado por “Flames”.

“Flames” lembra também “(Don’t Fear) the Reaper”, do Blue Öyster Cult, uma banda nova-iorquina de hard rock cuja imagem passava por supostamente desprezar hippies californianos, olha a ironia. Boa faixa, ponte interessante para o refrão, passagens de guitarra fazendo coisas bonitas no meio.

2. “Sun Poisoning”. Não curto esse jeito de cantar. Talvez seja condicionamento de tanto ter ouvido chatices cantadas assim. Uma questão importante, porém, é se não seria justamente essa entonação a razão da chatice. E agora a mesma guitarra de metade do rock dito alternativo dos anos 90, seguida por uma guitarrada genérica estridente da mesma década. Será que ele fica bravo quando a guitarra fica assim, como John Lennon ficava quando alguém parava de lhe dar trela em “No Reply” e a música então ficava pesada? E lá vem a guitarrada, claaaro.

3. “Spirits Meet Up”. O alarido anuncia “Eis a novidade!”, mas cadê? Olhe, esses timbres, essas dinâmicas, esses tudos, os Smashing Pumpkins faziam melhor. Eles e mais uns mil cujos nomes eu esqueci pelas mesmas razões pelas quais esquecerei Chastity se esse moço não se aprumar. É isso que é pós-hardcore? Esses reverbs, essas afinações, essas viradas de bateria, isso tudo parece enxertado diretamente da grande horta de camisas de flanela de 1992. Era só botar uma melodia decente aí. Mudar andamento, entonação e acorde até eu faço.

4. “Dead Relatives”. Ok, eu já entendi que Brandon é um homem em iguais partes sensível e viril, yin-yang, mas isso não o desculpa por parecer ficar improvisando a melodia. Um cantautor precisa de melodias que nos deixem interessados e nos aproximem do seu universo, Brandon, não importa o quão “pós-” ele seja. Ponto alto: não teve guitarrada.

5. “Bliss”. Começa melancólica, acordes menores. Tem climão com sonzinhos distantes e o refrão tá caprichado. Das melhores até agora, com textura diferente e ele canta tão bonito que eu quero ver uma foto depois.

*A essa altura do texto, noto que havia ouvido tudo no aleatório. Só lamento, não vou ouvir de novo não e acho que não ia fazer muita diferença mesmo.*

6. “The Girls I Know Don’t Think So”. Fofa. Lembrei de The Thrills, mas o paredão apareceu e me deu outro susto. A melodia é boa, a voz de Brandon adquire uma cor doce, meiga, mas essa estridência no refrão enterra a música.

7. “Year’s Lust Last”. Os dedilhados ao longo do álbum estão ficando tão monótonos quanto as guitarradas, e lá vem voz melosa de novo. As músicas se revelam cedo demais. Se revelassem coisas interessantes, nem reclamaria.

8. “I Still Feel the Same”. Algo como um glitch rítmico no começo. Fora isso, cansei e as mudanças ao longo da música parecem servir para ela andar em círculos sem dar muito na cara.

9. “Strife”. Notas isoladas e atmosféricas introduzem a faixa e, óbvio, lá vem a guitarrada genérica. Por 3 segundos, parecia Sonic Youth, mas 3 segundos de guitarrada de Sonic Youth não funcionam nem no Sonic Youth.

10. “Anxiety”. Começou com dedilhado, pode apostar que vai ter guitarrada. A melodia tem personalidade. De qualquer modo, isso só me lembra uma certa década. Se eu fosse Brandon, daria um tempo nessa guitarra estridente e aprimoraria as melodias. E talvez botasse um balanço nisso, que coisa quadrada. Mal se ouve o baixo.

Pois é, Brandon, é o seguinte, se você quer mesmo se afundar nessa dinâmica de peso e delicadeza, só tenho 6 palavras pra ti: “Babe, I’m Gonna Leave You” [clique no amarelo]. Se é que você me entende.

>>Pra sacar mais, clique no amarelinho:

Pós-hardcore [Wikipédia]Shoegaze [Wikipédia] | Rock and roll [Wikipédia] | Buddy Holly | Chuck BerryBlue Öyster Cult, “(Don’t Fear) the Reaper” | The Beatles, “No Reply” | Smashing Pumpkins | The Thrills | Sonic Youth | Led Zeppelin, “Babe, I’m Gonna Leave You” |

 

Chastity e a vingança do lixo branco.
George SóSucesso Yeah!

Era o ano de 1996, e naquela época, a única maneira de se livrar dos ditames das rádios era ter um toca-discos ou um toca-fitas. Por sorte, na minha casa possuíamos os dois. A possibilidade de você mesmo procurar pelas músicas que você gostava, por mais estranho que isso possa parecer atualmente, era um luxo. Nem todas as pessoas tinham recursos para comprar uma fita K7 ou um vinil. Para minha sorte, estávamos passando por um momento de inovação tecnológica, e a chegada do CD causou a obsolescência acelerada do vinil. As lojas de disco de rock e os sebos começaram a receber uma enxurrada de vinis usados e em bom estado de toda a sorte e qualidade, muitas vezes trocados pela promessa de alta fidelidade da nova mídia. Bem, seguindo a lei da oferta e da procura, os preços despencaram. Logo, discos que antes valeriam os olhos da cara, chegavam a preços irrisórios no mercado, tipo 50 centavos. Reza a lenda que o músico Ed Nota certa vez veio ao Recife apenas para sair com um container cheio de discos raros arrematados dos sebos da Rua do Sol (extinto) e do INSS na Dantas Barreto (em atividade) em uma verdadeira apropriação cultural.

Uma outra parte dessa economia musical residia no escambo e no empréstimo. Era comum pessoas se conhecerem por gostos musicais similares e após estabelecerem uma relação de confiança, começarem a compartilhar discos. E foi justamente a partir de um desses empréstimos que um disco de rock de capa azul com uma foto de um adolescente chegou em minhas mãos.

Escutar Hatfull of Hollow, do The Smiths, a primeira vez para um adolescente de dezesseis anos, formado dentro da cultura white trash de hardcore e grindcore, foi uma espécie de revelação e um divisor de águas – white trash é um termo pejorativo vulgarmente usado pros brancos precarizados da América do Norte. Descobrir que existia um outro lado da música pop em uma perspectiva mais existencial. Uma espécie de farol e bote salva-vidas em meio ao caos e lama que inundavam o Recife. Dos primeiros acordes de “William, It Was Really Nothing” à mandolinata de “Please, Please Let Me Get What I Want”, tudo naquele disco brilhava como uma jóia perdida recém encontrada no fundo de meu subconsciente. Não um encontro, mas um deja-vu. De repente, descobria que o punk podia ser melódico e metafórico. Toda aquela angústia adolescente que levou Kurt Cobain (do Nirvana) a se matar em 1994 estava ali, mas com a avalanche de guitarras do tentacular Johnny Marr. As letras falavam não de amor, mas da impossibilidade dele existir em uma sociedade capitalista filha da puta cheia de yuppies cocainômanos. Uma crítica aos desmandos da Inglaterra tatcherista e seus sombrios ideais liberais.

Vira o disco. Eis que estamos em pleno ano de 2020, e um outro álbum com um adolescente na capa traz à tona todos esses sentimentos de juventude e angústia, em um, agora, senhor de meia idade ainda mais angustiado. Dessa vez, a descoberta vem pela iridescência de uma tela de LED e processadores de silício. A começar por sua capa devastadora, tudo em Home Made Satan tem a atmosfera dos subúrbios pobres canadenses e de seus trailers parks. Letras, estética, videoclipes, menos sua sonoridade. Ao contrário das bandas punks experimentais símbolo do white trash norte-americano como Black Flag e Minutemen, em seu segundo álbum, Chastity, projeto solo do artista canadense Brandon Williams, revira a lata de lixo da realpolitik americana e cutuca a hipocrisia da direita muderna, servindo-se, principalmente, dos artifícios da música pop dos 80. Melodias cativantes em canções pops perfeitas e um comportamento passivo-agressivo que nos traz a memória muito mais Morrissey do que Cobain, a quem Chastity é comparado pela abrasividade do disco anterior, o Death Lust. Essa opção não é por acaso. Se hoje, Morrissey amarga um fim de carreira como uma tia velha direitista e falastrona, nos 80, suas letras refletiam sobre a vida na Inglaterra tatcherista, o berço do neoliberalismo como nós o conhecemos, com a acidez semelhante a que Chastity detona a Amerikkka de Trump. As mesmas críticas à austeridade fiscal que sufocava Manchester e que, hoje, sufoca a economia global (“Still ill” no The Smiths / “Spirit Meet Up” em Chastity). Posicionamentos similares quanto ao aborto e à família conservadora (“This Night Has Openned My Eyes” pelos Smiths / “Dead Relatives”, Chastity).

Nesses tempos sombrios de ascenção de ideais liberais conservadores, piores do que os dos anos 80, pois agora disfarçados de pseudorebeldia politicamente incorreta para esconder a agenda política fascista, Chastity surge como contraponto a alt-ritgh e ao rock centrista do Foo Fighters, valendo-se de estruturas musicais semelhantes, em uma espécie de vingança suburbana contra a apropriação e monetização da cultura white trash. Chastity resolve dizer “não”, como na música dos Inocentes (“Ele disse não”), e apontar o dedo na cara de seus pais, de seu país e da polícia, denunciando não apenas a, enfim, hipocrisia destes, como também a maldade e violência exposta por suas vozes e atitudes. Interessante encontrar em alguns de seus vídeos no YouTube o próprio defendendo os protestos contra a violência policial e o fim da polícia armada.

Em uma átimo de revolta perante tanta desilusão e imobilidade, Chastity conclama “Foda-se o futuro! Continue o mesmo” em Flames. Uma verdadeira homenagem ao rock alternativo dos 80 com suas guitarras à Johnny Marr e vocais à Julian Cope. Mas como diria minha filha de dez anos, “o mundo não gira, ele capota”. Se ontem em algum lugar do passado, o rock foi música de protesto, hoje é jingle de campanha para candidatos populistas de ultradireita, mas parece que pelo menos nesse caso, “o mundo não está mais rindo do dinheiro americano a eleger fascistas”. E no fim do túnel de nossa jornada ao horror liberal-conservador ainda resta uma luz que não foi apagada.

>>Pra sacar mais, clique no amarelinho:

Ed Motta | The Smiths, “These Things Take Time” | The Smiths, “William, It Was Really Nothing”  | The Smiths, “Please, Please Let Me Get What I Want” | Nirvana | Black Flag | Minutemen | Chastity, “Anoxia” (álbum: Death Lust) | The Smiths, “Still ill” | The Smiths, “This Night Has Openned My Eyes” | Foo Fighters | Inocentes, “Ele disse não” | Julian Cope |

 

Chastity é lenga-lenga com mãos de alface.
E “Die From My Mind” é linda.
Mateus SóSucesso!

Olha, é inevitável: falar desse disco é falar de mim no meio.

Fui adolescente durante a década de 1990, Nirvana explodindo, Dreadful Boys tocava cover dos Pixies em Olinda, circulava no underground e era meio punk, curtia de montão Matalanamão (eu sei, rima pobre), tava explodindo o manguebit… Falando assim parece uma era doirada, aurora da minha vida, adolescência querida que os anos não trazem mais – oh! Bobagem. O circuito independente e do underground nunca foi tão conectado, e de lá pra cá bandas de tudo que é canto do Nordeste e do país já pararam aqui pra tocar, tipo Bosta Rala (quando ainda tava viva, se não me falha a memória), Deaf Kids, Macaco Bong, Jesus Macaco etc, de grátis ou no precinho, só alegria. Nunca tive saudade, não vai ser agora.

Pois é, esse é o problema com Chastity: esse som casaria comigo se acaso eu fosse dado à saudades, mas, dixculpaê, tou fora. A banda é só cacoete de coisas que eram novidade pra mim lá na década de 1990. Já foi, já deu.

Home Made Satan é a guitarra naquela gritaria com chororô distorcido típico dos pedais daquela década, uma merda dum timbre que foi vulgarizado à exaustão pelos clipes da MTV. Rola também a paradinha marota antes de vir alguma verdade anti-sistema tirada da mesmice. Daí, o vocal urge e urge e urge num berreiro ou no chororô ou as duas coisas. Noves fora, Chastity é lenga-lenga tocada com mãos de alface – ‘brigadaê pela metáfora, carinha da internet!

É o seguinte: o que no punk era raiva pé no bucho e mão na cara, a década de 1990 em especial fez o favor de adestrar pra tornar palatável e pungente – tou tirando o Nirvana dessa, certo? Enlatou o “white people problems” (“problemas de gente branca”, ou “classe média sofre” no Brasil), e vendeu às turras. Nascia o indie, aquele estilo Lollapalooza vanguardista universitário do caô bebendo Stella Artois enquanto posa pruma foto em P&B Instagramizada. É difícil pensar que no iniciozinho a coisa toda não era tão assim como virou – o indie, no caso. Mas, deixa pra lá, é assim hoje em dia.

Chastity é um derivativo desses rolés, é um som querendo ser fora do padrão pelo que diz, mas que é perfeitamente encaixotável na forma como diz. É banda de indie, mesmo querendo emular uma pegada de punk. Emular é a palavra, de “emo” (dã).

Não posso dizer que esteja fora disso tudo. Lá atrás no tempo, eu escutava aquele bando de bandas como os próprios Pixies, ou o “Psychocandy” do Jesus and Mary Chain (um dos discos que mais me empolgavam na época), ou Second Come, uma banda carioca que possuía uma faixa na qual eu tinha ideia fixa, “My Cancer”, do disco Super Kids, Super Drugs, Super Gods and Strangers. Na real, eu tinha ideia fixa com essa parada de sons demenciais e ao mesmo tempo agridoces, como o próprio disco do Jesus and Mary Chain sugeria no título. Aqui na cidade (Recife / Olinda – PE) eu era público cativo da The Headsbacon e suas Acerolas Explosivas (grande banda), uma guitar band, nome que a gente dava às bandas que traziam as guitarras pro primeiro plano – na verdade, traziam praticamente pro altar –, bandas de shoegaze num geral. Lia ostensivamente a extinta revista Bizz etc.

Pois é, curto tudo isso ainda. E muito. Só que feijão com arroz todo dia enjoa, é preciso dar uma variada. Sou de uma geração onde o Fla-Flu punk X rock progressivo fazia sentido. Só que fazia sentido porque a gente era zumbi e acreditava nas besteiras que lia – e depois conversava. Depois, percebi que um monte de coisas podiam ser agradáveis, era só pôr os ouvidos pra funcionar um pouquinho. Dito isso, há muito amo Emerson, Lake and Palmer, Yes, Soft Machine etc. Ainda me incomoda o lance de se glorificar uma música ou um músico devido à técnica tão-somente, como rolava no rock progressivo, como ainda rola em parte do metal. Atualmente, vem me incomodando a exaltação feita à letra ou à pose de alguém numa imagem, seja de vídeo, na foto, o que seja. Mas, quer saber? Isso tudo a gente dribla e segue assobiando, vey.

E onde Chastity entra nessa digressão toda? Chastity é essa agressão adocicada. É essa pose num clipe; num deles, o da faixa “Innocence” do disco anterior (Death Lust), Brandon Williams, o compositor da banda, põe sei lá quantos guitarristas pra fazer o som que uma ou duas guitarras já dariam conta, como milhares de bandas já deram provas à exaustão (My Bloody Valentine, Sonic Youth etc etc etc). Chastity é essa banda soando Nirvana numa época dominada pelo Lollapalooza de um lado – eu sei, já tem um monte de festivais mais up-to-date pra txurminha de hoje – e o Trump do outro. É uma banda com aquela afetação ultra-romântica em tempos inglórios. É a aparência de que é básico numa época de ostentação. É muita aparência. É muita aparência de urgência. É muita insatisfação que não convence os ouvidos furados de cá.

Só que ao contrário das últimas bandas que resenhei e que fiz cara de quem comeu jiló (falo isso, mas, confesso: eu amo jiló), Chastity ao menos rendeu uma canção que me deixa com vontade de olhar pro infinito como quando eu escutava “My Cancer” do Second Come: “Die From My Mind”. “Die From My Mind” é um single que não está em Home Made Satan.

Quer um conselho de ouro? Esquece essa resenha, e fica só com essa música.

>>Pra sacar mais, clique no amarelinho:

Nirvana | Pixies | Matalanamão | Bosta Rala | Deaf Kids | Macaco Bong | Jesus Macaco | Emo | Pixies | Jesus and Mary Chain | Second Come, “My Cancer” | Emerson, Lake and Palmer | Yes | Soft Machine | Chastity, “Innocence” [o clipe] | My Bloody Valentine | Sonic Youth | Chastity, “Die From My Mind” |

 

>FICHA TÉCNICA:

Chastity é:
Brandom Williams: vocal, arranjador e letrista.
Liam Sanagan: Compositor e integrante.
Keegan Powell: Compositor e integrante.
Julia Noel: Compositor e integrante.
Sam McDougall: Compositor e integrante.
Jeremy Ramos Foley: Integrante.
Simon Larochette: Integrante.

Selo: Dine Alone Music Inc.
Direitos Autorais: Chastity.

Produção: Brandon Williams.
Masterização: Jeff Hartling.
Mixagem: Simon Larochette.

Direção de Arte: Brandom Williams.
Layout: Ryan McCardle.
Foto da Capa: Scarlett Rose.