Mestre Ambrósio, Mestre Ambrósio [BRA, 1995].

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Atenção: abaixo segue três textos diferentes escritos cada um por um autor diferente.

 

Mestre Ambrósio, a rabeca como guitarra e a música como horizonte.
Mateus SóSucesso!

Mestre Ambrósio foi um dos primeiros conjuntos quando da explosão do manguebit. O manguebit tinha diferenças com o armorial, ora mais acirradas ora menos, um movimento, o armorial, que tinha Ariano Suassuna como testa e linha de frente. Daí, é no mínimo curioso perceber associações entre Mestre Ambrósio e aquele outro movimento de Pernambuco. Fiquei me perguntando o porquê, donde vinha essa impressão em mim, e entendi que certamente vinha da rabeca, instrumento de arco precursor do violino largamente usado por exemplo no Quinteto Armorial, só que no Mestre Ambrósio ela toma outro sentido.

No Mestre Ambrósio a rabeca cumpre a função de guitarra.

O rock tem dívida com o blues. O blues é oriundo da cultura negra e popular estadunidense. Inicialmente mais rural, vindo do Mississipi, se urbanizou ao chegar em Chicago. O que antes era acústico e no violão, passou a ser guitarra – instrumento e substância do rock. Muddy Waters e outros personagens foram fundamentais nesse processo. Ouvir Muddy Waters é ouvir algo de um vigor incrível. O blues sempre foi denso e triste e por vezes até soturno, como em Robert Johnson, algo perceptível também em cantoras como Bessie Smith ou Mamie Smith, mulheres de vozes poderosas, que tomam conta do espaço, que causam furor. No caso de Bessie Smith, a voz rasga. A dor de Bessie Smith se misturava com uma raiva que, no fundo, sara. Em “Mannish Boy”, de Muddy Waters, o som pega fogo com um tema total standard e faz da guitarra berro – com gente berrando no fundo, inclusive. É tanto vigor que parece raiva.

O armorial vai em sentido inverso a tudo isso, aqui, em Pernambuco. No armorial parece que estão exigindo o tempo todo calma dos brincantes – fonte eleita e confessa –, parece que estão à toda hora mandando “que se ajeitem”, que se contenham, que “tenham modos”. O armorial faz uma música que ordena contemplação no que por excelência é corpo e movimento. O movimento, quando rola, precisa ser racionalizado, não pode ser como comparece, como veio, precisa ser esquadrinhado, seccionado, metrificado. Não levanta a poeira. Não é a energia primordial de Mané Pitunga na rabeca (aqui te agradeço, Igor, pelas indicações). Não é Chico Antônio cantando coco como queria, como num mantra que parece não ter hora pra acabar. Não é Seu Luiz Paixão endiabrado, dando alma ao salão.

Fui um bocó em outro texto: na minha resenha do Ancient Methods dava a entender que música é uma “arte augusta”, elevação estética última, algo que estaria praticamente planando em voo etéreo, o contrário de uma “arte mensurável e utilitária” como seria o techno de pista, como o de Michael Wollenhaupt, compositor por trás do Ancient Methods. Na realidade, essa contraposição entre funcionalidade e contemplação é europeia demais, vejo agora. Da mesma natureza que a separação entre corpo e alma. De modos que tudo isso, etnicamente, tem uma cor: é branca. Portanto, falei besteira. Vou tentando retificar aqui, nessa resenha, que me abriu pra outras questões.

Por mais que Mestre Ambrósio seja uma tradução da arte popular nordestina – que é hegemonicamente de matriz (e interpretação) africana e indígena –, uma tradução como foi antes o Quinteto Armorial, há uma força e uma energia e uma funcionalidade provocadas pelo som que não comparecem do mesmo jeito no Quinteto. Como nos Rolling Stones e sua tradução do blues, não dá pra escutar Mestre Ambrósio sem ser tomado por um ímpeto corporal, por uma força que parece não brotar da cabeça, mas dos pés, do chão, vontade de pular, de se agarrar, de ficar suado, viscoso, um fuá. Existe nisso tudo aí uma subjetividade, mas ela ultrapassa e muito a “subjetividade ocidental”, isto é, a subjetividade individual burguesa. Tudo só acontece aqui com outras pessoas. O corpo aqui é, antes, grupal e coletivo.

Mestre Ambrósio não pede pra parar, pra que se aquiete. Pelo contrário, forças buliçosas tomam conta do disco e do ambiente. De algum modo, as forças presentes em mestres da cultura popular ainda permanecem nessa tradução que se chegou nas grandes capitais do país com esse disco. Jovens adaptados com o que tocava no rádio abriram os ouvidos pro que acontecia dentro do Brasil, o que redundou tempos depois em registros de artistas da cultura popular, como Mestre Salustiano, Mestre Luiz Paixão, Seu Zé de Teté etc. Personagens fundamentais da nossa música, gente que não deve ser tida como nascente pra traduções, mas como um fim em si, como diz com razão Siba em vídeo mais ou menos recente.

No Mestre Ambrósio existe uma tentativa explícita de não hierarquizar, de não tornar superior aquilo que está na escala do povo e humana, como devem ser as coisas. Nem a tradução se coloca superior a de onde parte, nem há superioridade do “espírito” sobre o corpo, pois é na própria dança onde se desenvolve a compreensão. A fala é um elemento fundamental na constituição humana. Uma europeia uma vez me advertiu, ao sacar a realidade de Recife, que aqui “não falamos depois que pensamos”, mas que, antes, “pensamos enquanto falamos”. Tudo junto e misturado.

É nessa mistura onde nos situamos, é nela que se situa boa parte da cultura popular especialmente negra, maioria do povo. Para além, existe na música e na cultura popular uma dinâmica coletiva presente e constante, mesmo com a expressão individual de cada integrante. Algo que traz, desde já, um potencial de emancipação social enorme, como sugere o anarquista estadunidense e Pantera Negra, Ashanti Alston, ao falar do jazz:

“(…)a participação é um tema muito importante para o anarquismo e também é muito importante na comunidade negra. Considere o jazz: é um dos melhores exemplos de uma prática radical existente porque ele assume uma conexão participativa entre o individual e o coletivo e permite a expressão de quem você é, dentro de um ambiente coletivo, com base no gozo e no prazer da música em si. Nossas comunidades podem ser da mesma forma.”

E serão. Queiram ou não queiram os juízes.

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Quinteto Armorial, “Rasga” | Robert Johnson | Bessie Smith, “St Louis Blues” [Curta-Metragem, 1929] | Mamie Smith | Bessie Smith, “Do Your Duty” | Muddy Waters, “Mannish Boy” | Mané Pitunga | “Chico Antônio, O Heroi com Carater” [Curta-Metragem, Eduardo Escorel, 1983] | Seu Luiz Paixão | “Diz que é pesadelo, mas teu mal é sono. Ancient Methods, um picolé de chuchu”, minha resenha, neste blog | Quinteto Armorial, “Do Romance ao Galope Nordestino” [Disco com texto original de Ariano, reproduzido no link] | Rolling Stones | Muddy Waters & The Rolling Stones, “Baby Please Don’t Go” (Ao vivo) | “Fuá” [Dicionário Informal] | Mestre Salustiano, “Sonho da Rabeca” [Disco] | Mestre Luiz Paixão, “Pimenta com Pitú” [Disco] | Seu Zé de Teté, “Poetas da Mata do Norte vol.4 – Coco de Roda” [Disco] | Siba, “Ocupação Antonio Nóbrega” [Vídeo, 2013] | Povo negro, maioria no Nordeste [Gráfico] | Ashanti Alston, “Anarquismo Negro” | Capiba, “Madeira Que Cupim Não Rói” |

 

Se Zé Limeira dançasse punk rock.
George SóSucesso Yeah!

Nossa história começa em uma noite de fevereiro de 2016, em um ônibus da 1002 com destino à Festa da Alvorada em Nazaré da Mata – berço, foco e manancial do Cavalo Marinho, uma manifestação cultural, estética e musical, ligada aos trabalhadores da indústria da cana da Zona da Mata norte de Pernambuco. Eu e meu amigo Daruê estamos conversando no ônibus, ansiosos pelo que nos espera: uma noite inteira de música e festa que só terminaria ao nascer do sol e sua aurora de róseos dedos. A questão era como fazer para nos mantermos em pé durante tanto tempo e elementar meu caro Watson, optamos por uma saída à Sherlock Holmes.

Mas antes precisamos fazer um pequeno desvio Vonnegutiano até o ano de 1997 em direção à Rua 7 de setembro no centro da cidade do Recife para um passeio pelo lado selvagem das lojas de discos alternativos, nesse caso, mais especificamente, a Disco 7. A loja mais bizarra, estranha e esquisita que já frequentei.

A Disco 7 ficava ao lado de um antigo e extinto restaurante chinês chamado Kim Sam (hoje ocupada pelo templo do brega 100% Brasil) e era quase como um adendo de outra famosa loja chamada Disco de Ouro de meu amigo Rogério. O intrigante era que funcionava como um Twin Peaks das lojas de discos. Você não encontrava na Disco 7 nada de rock/pop, seu foco estava entre o armorial e o erudito, mas por incrível que pareça ela tinha uma seção de punk ladeada por uma seção de música clássica na qual apenas o dono podia tocar. Entre o manuseio de um Fugazi, você tinha que ficar atento para não tocar num Glenn Gould e levar um carão. E foi nessa lojinha, que parecia mais aquela do filme Gremlins, que escutei pela primeira vez uma banda que sem ser armorial partilhava de seus preceitos porém sem o ranço conservador: o Mestre Ambrósio.

O nome da banda já não era de todo desconhecido pois até já havia perdido shows e tudo da banda no APR. Mas o disco, até àqueles meus dias de vagabundagem e perambulação pelas lojas de discos alternativos do Recife, era. Enquanto fazia uma busca quase sempre frustrada por um e outro vinil do New Model Army ou do Bad Brains, aquela música estranha e crua ia entrando em meus ouvidos. Como era algo no espectro do mangue acabava por ignorar, e nem perguntava ao dono, mas ainda trago comigo aquela sensação de que algo importante estava me escapando. Demorou muito tempo até que sentisse o impacto desse disco mas lembro que desde a alta octanagem do clipe de “Se Zé Limeira Sambasse Maracatu” na MTV, o Mestre Ambrósio, seu ritmo frenético e a crueza de seus timbres nunca me passou desapercebida. O seu som não era baseado apenas na mistura de pop e regional. Algo mais estava ali que apenas encontrei anos depois na obra de Mario de Andrade: respeito, reverência, carinho e cuidado no diálogo e aproximação com a cultura popular.

O primeiro disco do Mestre Ambrósio é um misto de relato etnopoético e deriva psicogeográfica –suas canções nos levam por uma viagem imaginária passando pelas extintas estações de trem da Zona da Mata, igrejinhas em ruínas e o fogo morto dos antigos engenhos de açúcar rumo às veredas agrestes dos forrós pé de calçada dos sítios e fazendas do sertão. Resquícios de um tempo nada idílico em que o coronelismo e clientelismo andavam lado a lado aterrorizando a classe trabalhadora. No entanto, ao mesmo tempo as vozes de resistência dos encantados e seus mistérios são incorporadas de forma orgânica pelos integrantes da banda que em todo momento fazem questão de lembrar o caráter tradutório e interpretativo de sua performance. Além da já citada “Zé Limeira” (mítico repentista surrealista criado por Orlando Tejo), da abertura do disco com “José” até o seu final com “A feira de Caruaru”, passando por músicas como “Usina” e “Pé de Calçada” somos levados a um mergulho nas possibilidades infinitas da música pop em face da ancestralidade da musica popular e seu tempo cíclico.

Tudo isso nos leva de volta a Festa da Alvorada e a minha trip com meu amigo Daruê.

Após nossa chegada brilhante, a medida que o medo do desconhecido ia cedendo espaço ao delírio, a disputa entre os mestres de Cavalo Marinho ia se aproximando de sua apoteose e pouco a pouco fui percebendo o quanto a agressividade da dança estava ligada ao seu ritmo. Alguma coisa me remetia a “Black Angel’s Death” do Velvet Underground e fui me dando conta naquele instante de transe que aquele “pogo” rasgado do calunga com a cabeça cheia de pólvora e cana de cabeça, seja no duelo seja em seu solo de fúria, era o equivalente à sanha de uma roda punk. Seu gingado lembrava inclusive aquele punk das capas do Circle Jerks ou um punk perdido na memória de um show que assisti do Câmbio Negro H.C. no UR-7. Aquilo era tudo verdade. O peso daquela música traduzia-se na performance sem limites daquele corpo e de seu cajado lutando pela maestria de seus anéis. Era assustadora a força moral e física daquela empreitada. Um ano inteiro condensado em instantes de suor e êxtase. Uma experiência religiosa que nenhuma ciência ocidental, nenhuma terminologia estagnada dentro de academias poderiam dar conta. Um homem levando o seu corpo ao limiar da exaustão em nome de uma única verdade: o Cavalo Marinho, sua devoção e vida.

Entendi ainda que aquelas pessoas possuíam uma vida para além de tudo aquilo: eram cortadores de cana, pequenos comerciantes, taxistas, motoboys que se preparavam durante todo o ano para assumirem o papel de reis e rainhas de um mundo, não mágico, pois magia pressupõem truques e aqui não há truques, só verdade real, mas de um mundo transcendente além da minha limitada imaginação. Um universo circular que se move perpetuamente em busca de sua autolegitimação pela dança, pela festa e pelo ritmo. O brilho do sol nascendo apenas confirmou minha suspeita e eu e Daruê retornamos para casa em silêncio nas rodas do mesmo 1002 que nos trouxe.

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Kurt Vonnegut [na Medium] | “Twin Peaks”, de David Lynch | Fugazi | Glenn Gould | Gremlins | New Model Army | Bad Brains | Velvet Underground, “Black Angel’s Death” | Circle Jerks | Câmbio Negro H.C. |

 

Mestre Ambrósio – Mestre Ambrósio (1996) ou “Se dizem que é manguebit, quem sou eu para discordar?”.
Aroldo SóSucesso!

Mantendo o espírito de abertura que começou quando reavaliei CS&NZ, ouvi o primeiro álbum de Mestre Ambrósio com uma generosidade inicial que me chocou(?!). Admirar o trabalho de Chico Science era previsível, já que aquelas músicas estavam assentadas na memória há tempos, intocadas pelas impurezas do meu gosto caprichoso, ainda que eu as tenha retornado ao fundo da cachola, agora num lugarzinho mais organizado, na mesma gaveta em que guardo Black Sabbath, que pra mim é pura expressão de gênio, mas que pretendo morrer sem jamais voltar a escutar de vontade própria.

E Mestre Ambrósio? Olha, acabei ficando confuso mas não deveria. Primeiro, que fique claro porque é muito importante ter isso em perspectiva, que eu ouvi e achei interessante, mas não creio que o revisite. Meu interesse enquanto ouvia vinha de vários lugares e foi marcado fundamentalmente por uma ignorância formal sobre o que era aquilo. Há coisas nesse álbum que destoaram sutilmente do que eu esperava ouvir tanto num produto associado ao manguebit quanto num trabalho de música tradicional pernambucana. A segunda canção, “Se Zé Limeira Sambasse Maracatu”, caiu como uma luva na minha classificação prévia, vaga, estanque e desinformada do que deveria constituir um som manguebit. Guitarras distorcidas, percussão intensa, uma construção fora dos padrões (pra mim) da melodia meio que estruturada como um recital poético, tudo aquilo já estava no meu livrinho mental. Mas daí foi vindo o resto e eu já não sabia mais nada sem sons que corroborassem minhas muletas argumentativas, não sabia o que era típico e tradicional, o que era experimento, excentricidade, inovação, nem se um álbum típico não poderia ser também experimento (e, principalmente, não sabia se minhas indagações tinham qualquer relevância). A conclusão mais óbvia e apressada aqui, e espero que minimamente correta, é que as razões para esse álbum ser considerado representante do manguebit têm mais a ver com o espírito da época do que com o produto musical que ficou de herança. Jovens urbanos decidem revitalizar gêneros tradicionais do lugar com instrumentação atípica e hibridismos sutis em 1996? Manguebit, pois.

Voltando à segunda faixa, a canção “””rock”””, para ver se de seu hibridismo ostensivo eu consigo identificar o que há de similar no resto do álbum e que permita identificar o que há aqui que seja permeado por esse espírito manguebit, ou seja, de reinvenção da tradição (a definição é essa, né?), me dou conta de que “sambar um maracatu” me parece uma contradição terminológica. Pesquiso rapidamente e descubro que, em “Mas Que Nada”, Jorge Ben já associava samba ao maracatu. Não sei se descubro algo com isso, se apenas escancaro minha ignorância ou se, pior, parto de um dado irrelevante para gastar verbo. De qualquer modo, com ou sem respaldo histórico, acho que a chave da inventividade de “Se Zé Limeira Sambasse Maracatu” é que ela não ostenta sua ousadia, mesmo sendo a coisa mais formalmente diferente do que se esperaria ouvir de um álbum de música popular daqui. Os tambores do maracatu são tão pesados de qualquer modo, que, nas vezes que acompanhei uma roda, a energia parecia muito próxima ao heavy metal, ainda que eu me entediasse rápido (hoje me tornei uma pessoa melhor e o metal também acaba com a minha beleza). O tipo de nuance que afasta o som de Mestre Ambrósio de suas origens é justamente a multiplicidade de origens, de ideias que combinam e se tornam uma coisa só, como água e café, e menos ou nada de excursões sonoras inesperadas. Não sei o que Ariano Suassuna disse ou teria a dizer das guitarras esparsas nesse álbum, mas a mim essa música soa profundamente deste lugar – eu que venho do Sudeste / Sul do Brasil – e eu posso imaginar muitos se emocionando com esses arranjos quase barrocos emoldurando cantorias simples, porque há algo de universal aqui capaz de me fazer entender por que existe essa música, mesmo que ela não me atraia.

Pois é, provavelmente não voltarei a ouvir, não desse modo, como álbum. O gosto é uma coisa complicada e nem toda rejeição é preconceito, mas algumas rejeições mesmo assim têm a ver com uma dificuldade de entrar no espírito da música, que, mesmo que a gente reconheça como valiosa, torna-se um “não é pra mim”. Há certos modos de cantar, o chamado e resposta dos refrões, os trejeitos vocais, a forma mesma, enfim, da música, que não reverberam na minha sensibilidade. Acho que isso não é bom nem ruim mas espero, e isso é importante, que seja passível de mudar. Esse não é um disco que me soa ruim. Soa repetitivo como Beethoven pode soar para um cidadão que nunca frequentou uma sala de concerto, mas, dentro de cada canção, reconheci riqueza de arranjos e instrumentação que me pareceram muito, mas muito diferentes e melhores que, sei lá, o tipo de forró que chegou aos meus ouvidos até hoje.

Esta resenha foi toda escrita sentado sobre um muro pedregoso aqui em Candeias, o que explica a brevidade e o malabarismo pra fugir pela esquerda.

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Black Sabbath | Jorge Ben | Ariano Suassuna | Beethoven |

 

>FICHA TÉCNICA

Mestre Ambrósio é:
Siba: Rabeca, Viola, Guitarra e Voz;
Hélder Vasconcelos: Fole de 8 Baixos, Percussão e Vocal;
Mazinho Lima: Baixo, Triângulo e Vocal;
Sérgio Cassiano: Percussão e Vocal;
Maurício Alves: Percussão
Eder ‘O’ Rocha: Percussão.

Maioria das faixas escritas por Siba, exceto “Benjaab” de Siba e Lenine, “Forró de Primeira” de Heleno dos 8 baixos e Helder Vasconcelos, “Estrela Amazona” do Cavalo-Marinho do Mestre Batista, “Usina (Tango no Mango) de Paulírio e Chico Antônio, “Pipoca Moderna” de Sebastião Biano e Caetano Veloso, “A Roseira (Onde a Moça Mijou)” de Luiz Oliveira e Waldemar Oliveira, e “A feira de Caruaru” de Onildo Almeida.

Selo: Terreiro Discos.

Produção: Lenine, Marcos Suzano e Denílson Campos.