Comadre Florzinha, Comadre Florzinha [BRA, 1999].

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Atenção: abaixo segue três textos diferentes escritos cada um por um autor diferente.

 

Comadre Florzinha (1999) – Jornada a um novo mundo (a partir da minha cama).
Aroldo SóSucesso!

Falar sobre esse álbum passa obrigatoriamente por falar da minha ignorância. Minha falta de intimidade com os instrumentos musicais usados aqui, e esse é apenas um dos muitos exemplos possíveis de como meu casulo enrijeceu, já era um efeito de algo que me perturbava um pouco quando ouvi Mestre Ambrósio há algumas semanas. Como amo metáforas quase tanto quanto coisas bobas como lógica e honestidade intelectual, dá até vontade de ser Pollyanna e dizer que finalmente estou me metamorfoseando, só que não é bem assim. Nessa narrativa fofa, minha ignorância seria meu trunfo e eu teria ouvido Comadre Florzinha (mais tarde Comadre Fulozinha) de um modo puro, sem os preconceitos trazidos pelo excesso de familiaridade. Nos debates entre nós da SóSucesso!, temos chegado à conclusão de que toda música é passível de ser absorvida, entendida mesmo, imediatamente, pela sensibilidade inerentemente humana, e que há elos entre lugares geograficamente distantes, senão históricos, ao menos formados pela propriedade natural da música de objetivamente gerar padrões que se repetem em todos os cantos ou de causar sensações, por mais idiossincráticas, que se ligam umas às outras.

Minha história com esse álbum não é tão simples, infelizmente. Como ilustração dos meus problemas, trago outro debate do grupo, em que se aventou que eu seria o mais fechado ao diferente, o mais dentro de uma bolha, e que talvez eu tivesse até orgulho disso, e eu confessei que sim. Orgulho, no bojo, de ser limitado. Então esse casulo talvez não seja uma prisão temporária cuja dureza das paredes seja prenúncio de que irão desabar, mas mais uma cela em que se prende a si mesmo de bom grado, porque um dia, e ainda hoje, ela se mostrou confortável. Mas nem tão pessimista assim, também. Essa cela reverbera, e eu admito que uma cela que reverbere não serve pra metáfora, mas o fato é que ela reverbera e sente reverberações de fora. Verdade que continuo sem distinguir bem os instrumentos percussivos nem consigo enquadrar o som em esquemas teóricos ou ligá-lo a contextos artísticos e sociopolíticos amplos, mas o efeito sobre mim é real. Que esse efeito não seja forte cheguei a supor que se devesse a preconceitos, mas talvez nem tanto assim ou nem mesmo de modo algum, porque cheguei a uma espécie de compreensão a partir da qual as músicas começaram a ganhar personalidades distintas e me deixei envolver estética e conceitualmente, mesmo que não tenha aderido como se adere a uma paixão. Fechar-se em uma cela, mesmo com respiradouro, pode gerar uma distância entre a minha e a sensibilidade do mundo, marcar um limite, permitir a fruição mas roubar a chance da entrega. O que não quer dizer que se seja incapaz de reconhecer méritos, que aqui não são poucos.

Mas antes de falar de méritos, é importante frisar que só pude entrar nesse mundo sob certas condições. Andando em avenidas, cercado de alarido urbano, o som da Comadre Florzinha não conseguia respirar em meus fones de ouvido.

O som da Comadre Florzinha é cheio de detalhes, não há vazios no meio da percussão incessante, mas não há também histrionismo, não há o gosto pelo ultraje, a ânsia narcisista de gerar mais e maiores sons da música pop que conheço, e isso é especialmente verdadeiro em relação ao rock. É um som cheio, mas contemplativo, feito de texturas e a beleza da textura não é o detalhe, mas se dá na percepção da harmonia do todo. Deitado em silêncio, finalmente som e meu corpo se fizeram entender. O universo da Comadre Florzinha é um fluxo imagético em que as integrantes raramente tomam a frente e, quando o fazem, é mais para criar variedade na textura, trazendo novos elementos que vão sendo adicionados à paisagem sonora muito mais que, como é típico no som que costumo ouvir, ejetar arroubos nos ouvidos do público. E, a despeito do que essa descrição possa dar a entender, cada música tem uma cara bem própria, com destaque para “Maré” e “Grande Poder”, apesar de que todas as músicas mantenham a qualidade e as composições de membros da banda sejam do mesmo nível das mestras e mestres responsáveis pela composição da primeira metade do álbum. Por diferente que possa ser minha interpretação estética da realidade das relações entre as integrantes do grupo, esse álbum pode ser descrito como, em essência, uma narrativa coletiva. Nesse sentido, cedendo às indulgências de meus clichês pessoais, na minha obviedade, o que conheço que mais se parece com isso são as Raincoats, grupo inglês que começou no fim dos anos 1970. Não creio ser possível escapar de falar da questão de gênero aqui, mas também não sinto necessidade, do modo como senti e como tenho preferido falar desse álbum, de enveredar pelo assumidamente político. O que acontece é que o universo abordado pelas letras é muitas vezes feminino e essas são vozes, e consequentemente presenças físicas, femininas. Há também óbvias diferenças entre o modus operandi da Comadre Florzinha e o da maioria dos grupos associados ao manguebit, feitos de homens. Por fim, eu sinto que a dinâmica musical, apesar dos gêneros musicais distintos, entre as Raincoats e a Comadre Florzinha, passando ao largo de estereótipos sobre o feminino, é muito próxima, com ênfase na contribuição coletiva e no pathos em platô, trabalhado como narrativa, negando a necessidade da explosão individual para afirmar a subjetividade. Comadre Florzinha não me dilacera e me emociona como as Raincoats, mas daí a melhor explicação talvez seja mesmo a mais óbvia: minhas idiossincrasias e as vicissitudes da vida me tornaram refratário a todo um mundo de beleza, mas este texto é testemunho de que isso não é o fim do mundo, desde que se esteja disposto a admitir o erro e mudar.

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Mestre Ambrósio [Matéria deste honorável blog] | Pollyanna [Wikipédia] | Raincoats |

 

Comadre Florzinha e a horizontalidade da tradição.
George SóSucesso Yeah!

Chegamos ao fim deste #Especial com a obra que foi pra mim a mais difícil de analisar: o primeiro e homônimo disco da Comadre Florzinha. Lançado em 1999, o disco é um entrelaçado de ritmos como coco, toada de reisado, baião, polca e xaxado, embalados pela tradição de mestres e mestras, cantadores e cantadoras populares. Centrada principalmente na voz e na percussão, o disco é composto por releituras de músicas tradicionais, músicas de outros artistas e composições autorais.

Formada por Alessandra Leão, Karina Buhr, Isaar França, Renata Mattar, Telma César e Maria Helena Sampaio, a Comadre Florzinha representou na virada do século passado uma mudança importante no paradigma da cena local, não apenas por ser uma banda composta integralmente por mulheres em sua primeira formação, coisa rara nos anos 90, mas ainda, por um detalhe específico: a ausência de uma vocalista principal e a horizontalidade de suas performances, sem hierarquizações virtuosísticas e os delírios egocêntricos da cultura pop.

Praticamente todas as bandas do manguebit foram centradas em figuras de proa, geralmente masculinas, seja o MC Chico Science, o vocal punkbossa de 04 ou mesmo o trovador Siba. A excessão à regra foi Stela Campos e seu Lara Hanouska. Já a Comadre Florzinha foi a única banda do manguebit a se libertar da fórmula sagrada de band leader, a qual entroniza o popstar em detrimento da música como produção coletiva. Um fenômeno raro inclusive na música brasileira acostumada ao império do intérprete e às idiossincrasias de seus compositores. Essa característica era compartilhada com outra banda da época que se situava no espectro de crítica ao mangue: o Pajé Limpeza, banda experimental ligada ao coletivo artístico Molusco Lama.

Aqui é necessário entender que apesar de sua relevância e de ser vendido para a grande mídia como algo inovador, o manguebit não foi recebido na cidade de forma acrítica como uma panacéia revolucionário-estética que iria nos livrar do tédio mortal, amém. Recife, mesmo que periférica, é uma cidade portuária e cosmopolita, um lugar de circulação de ideias e pessoas. Na realidade, a operação realizada pelo mangue não era uma novidade em si, pois a psicodelia pernambucana já havia empreendido essa mistura de ritmos como rock, prog e música regional nos anos 70 para além do provincianismo armorial. Se pegarmos o Satwa de Lula Côrtes e Lailson ou o Paêbirú de Zé Ramalho e Lula Côrtes, a coisa vai até mais longe na sua universalidade, pois além dos elementos regionais encontramos elementos de música árabe, hindu e flamenca. Fruto da genialidade de Lula Côrtes, um dos artistas mais subestimados da música pernambucana.

A pretensão à novidade por parte do movimento mangue, esbarrava em certa medida na existência de uma cena underground que insistia em movimentar a cidade à parte dos pressupostos teórico-estéticos do movimento. Punk rock / hardcore, afoxé, samba e hip-hop faziam parte de cenas como as de Peixinhos e do Alto Zé do Pinho que movimentavam uma espécie de proto-economia criativa. Estas cenas não existiram a partir do mangue, mas ao mesmo tempo deste. Um dos grandes trunfos do manguebit foi a democratização de certos conhecimentos para um público pré-internet e carente de informações e sua contribuição para a formação de uma cadeia produtiva na cidade com estúdios, rádios e festivais. O novo no mangue foi o reforço da interface entre mercado e cultura, que antes já havia sido esboçada pela Rozenblit.

Mas a grande dificuldade ao analisar o disco da Comadre Florzinha foi meu completo desconhecimento sobre o som e musicalidade produzidos pela banda. Pelo fato bizarro da cultura popular estar fora de meus interesses no momento do surgimento da banda, o disco acabou por ser uma incógnita pra mim. Porém, ignorância se corrige com conhecimento, e ao me debruçar sobre ele, apesar de certa perda de fidelidade ao se transpor a energia vital da música popular para o ambiente de estúdio, vejo que é um disco que possui um caráter de pesquisa estética tanto nas composições autorais quanto nas releituras de mestres e mestras de reisado, um mundo inacessível para não-iniciados, tornando o som da banda indefinível. Como disse Karina Burh em uma entrevista: “Se for pra resumir o que fazemos, é preciso um tratado sobre a música regional brasileira. Em resumo, usamos instrumentos regionais e ritmos regionais brasileiros e o transformamos na nossa música”. E é assim em “Angicos”, música de Chico Science e Lúcio Maia, que junto com “Grande Poder”, do Mestre Verdelinho, curiosamente se posicionam em espectros opostos (uma banda do pop nacional e um mestre de reisado), mas que acabam por se tocar, nesse fenômeno de retroalimentação a que certo gênio chamou de “antropofagia”. Em conjunto com a releitura de “Xique-Xique”, de Tom Zé, e “Tamarineira”, de Elino Julião, confirmam o caráter de pesquisa quase mariodeandradiana do disco. Nas composições autorais, destacam-se o “Trem”, “Sapopemba” e “Poica” com suas melodias mouriscas.

Após esse disco, a Comadre Florzinha passaria por diversas mudanças de nome e formação até o seu não-fim oficial. Hoje, três das suas compositoras possuem carreiras próprias de maior visibilidade midiática: Isaar com, dentre outros, o seu disco “Azul Claro”, Karina Buhr que além de carreira solo, desbravou outros territórios como a literatura e as artes plásticas, e Alessandra Leão, que acumula entre outras coisas em sua carreira solo uma indicação ao Grammy Latino na categoria “música de raízes”. Todas as três trajetórias representam um desafio frente a uma indústria ainda dominada pelo machismo e misoginia e comprovam que o legado do manguebit reside não em seus cacoetes estéticos particulares, mas no comprometimento ético de parte de seus artistas com a coletividade da tradição e da cultura popular da qual surgiram.

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Chico Science & Nação Zumbi [Matéria deste magnânimo blog] | Mundo Livre S/A [Matéria deste incrível blog] | Mestre Ambrósio [Matéria deste ilibado blog] | Lara Hanouska | “Gnomos da Metrópole & Molusco Lama – Calourada de História UFPE” [YouTube] | Molusco Lama [Matéria no Jornal do Commercio] | Satwa, de Lula Côrtes e Lailson | Paêbirú, de Zé Ramalho e Lula Côrtes | “Tecidos Digitais – Nascedouro de Peixinhos – CTCD” [YouTube] | “Meu Bairro é o Maior – Alto José do Pinho” [Vídeo-arquivo da TV Viva, de PE, colocado no YouTube] | Fábrica de Discos Rozenblit [Wikipédia] | Karina Burh em entrevista no bate-papo da UOL | Isaar | Karina Buhr | Karina Buhr na literatura e nas artes plásticas | Alessandra Leão | Alessandra Leão indicada ao Grammy Latino por “Macumbas e Catimbós” |

 

Um Nordeste para além do puxadinho [Gilberto] Freyreano.
Mateus SóSucesso!

Comadre Florzinha é uma banda que escuto pouco, não tenho hábito. Mas isso não importa. Crítica não é isso. Comadre Florzinha foi uma banda criativa e inquieta.

Na real, parte disto que confesso se deve a falhas minhas mesmo, de formação do gosto, o que tende a gerar embolhamento, que tento furar, limite que todos e todas temos. Fui formado e deformado na música pop (rock, eletrônica dançante, rap etc), e de todas as bandas do manguebit, a Comadre Florzinha – depois “Fulozinha”; inclusive prefiro citá-las assim, feito a gente fala aqui – é a menos pautada pelo que foi gerado pela industrialização desenfreada e inchaço urbano de megalópoles.

De alegria feita de sol, Comadre Fulozinha trabalhava, assim como a Mestre Ambrósio, com a música popular do Nordeste, em especial o coco, gênero musical de prosódia quebrada em que muitas vezes o pandeiro dá o tom de tudo. Só que tem aquela hora onde o arrasta-pé de palhoção de São João domina o disco – melhores momentos pra mim. Várias faixas parecem feitas pra dançar junto, como num forró. Porém, mais que Mestre Ambrósio, Comadre Fulozinha me parece bem mais fidedigna em relação às referência que toma pra si. O conjunto não parece exatamente uma “tradução”, mas algo mais literal. E há em tudo uma paixão visível em relação à música que – até digo – reverencia. Ao meu ver, Comadre Fulozinha é a banda que mais leva ao pé da letra a ideia de que a música de matriz popular e tradicional é um fim em si, uma cultura que se basta.

Comadre Florzinha, o disco, é totalmente pautado na percussão, o ritmo é praticamente tudo nele. Uma quantidade grande de músicas são versões, 5 delas – as primeiras – sendo cocos e toada de origem alagoana. Em outras, quando a puxada é de forró, não é um forró exatamente rasgado, mas tá lá embolado na força do coco. Só que mesmo com tudo isso, mesmo sendo tudo muito rítmico e vigoroso, esse é um álbum que tem um lirismo bem bem forte ao mesmo tempo. Seria esse vigor com essa candura uma contradição em um gradiente de emoções? O que sei é que, ao ouvir, dá aquela vontade de dar um abraço – o que complica, né?, nesses tempos de coronga.

Olha, falo tudo isso, mas admito que não tenho armas pra fazer comparações que sejam um tiquinho só coerentes com esse álbum. Sim, sou de Pernambuco, mas se engana aquele que não é daqui se acaso ache que Recife é tipo um personagem com pandeiro entoando “poesia de repente”. É evidente, existe isso também. Só que Recife é uma cidade grande do Nordeste brasileiro, uma metrópole centenária ainda do período colonial, uma das mais antigas talvez da América Latina. São muitos sedimentos de cultura na mesma pisada da confluência dos grandes centros urbanos do mundo via o porto da cidade. Daí, como diria um amigo, quem vive numa metrópole meio que é um desgarrado, um “apátrida” – ou ao menos tende. Sou meio que isso mesmo, um “apátrida”. Discutir o manguebit nesse #Especial e fazer parte dessa cidade me empurram a colocar de lado a viseira e falar daquilo que de algum modo me é próximo. Afinal, cultura popular não é apenas rap e punk rock, né?

Pro meu ouvido colonizado pela música pop, fazendo comparações extremamente esdrúxulas, o disco tem, pra mim, algo do clima de uma Cat Power unida a um Violent Femmes. Não sei bem o porquê, mas eram as bandas que mais me saltavam enquanto escutava. Tentando traduzir, e seguindo esse paralelo nonsense, tanto Comadre Fulozinha quanto essas duas têm uma boniteza palpável, a banda sendo um misto da sanha gentil de quando a Cat Power tá foguete (só penso aqui em “Free”) + aquele clima de festa da Violent Femmes. Sempre que escutei Violent Femmes pensei no quanto a música do conjunto tinha a ver com a cultura popular estadunidense (sua terra), só que exacerbadamente pop e até feita pra tocar no rádio – qual é essa música popular donde parte o grupo, é algo pra que eu investigue ainda, mais na frente. Por sinal, Comadre Fulozinha – assim como o manguebit – só não tocou ou mesmo agora não toca maciçamente no rádio devido à monocultura autoritária do jabá, propina paga às rádios no Brasil, algo ainda hoje presente.

Para mais, é inevitável falar da dificuldade de conseguir informações sobre a banda na internet. O manguebit era um “Clube do Bolinha” do caramba, e a Comadre Fulozinha era uma banda composta integralmente por mulheres. Seria coincidência ser a menos comentada de todas? Acredito que não. Ademais, em Pernambuco – e no Brasil –, ao contrário do que os de fora do estado creem, rola uma espécie de diminuição daquilo que vem do povo, ainda colocado culturalmente numa chave folclorizante quando a produção é de raiz ancestral, mesmo que pra fora diga-se o contrário. A concentração em diversos aspectos é grande, da grana mas também política e simbólica. Assim como o povo negro e indígena, numa cultura centenariamente patriarcal, as mulheres seguem não tendo a devida projeção. Que o diga, historicamente, “Casa-Grande & Senzala”, do pernambucano Gilberto Freyre, livro que fala do Brasil a partir do Nordeste, cujo subtítulo diz tudo: “Formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal”.

Aqui, pra mim, grita curiosamente o fato de que, de todas as bandas resenhadas nesse #Especial, Comadre Fulozinha é a que não possui uma letra sequer, umazinha, que reforce opressões a grupos já oprimidos, mesmo quando faz versões de composições alheias, o que poderia ser usado eventualmente como subterfúgio e cortina de fumaça pra erros e equívocos. Ao meu ver, é nítido o fato de que, no caso da banda, isso definitivamente não seja coincidência. No caso da banda, parece-me deliberado.

Ou seja, falar de Comadre Fulozinha é encontrar talvez uma trilha e saída crítica pra parte daquilo que ainda vivemos. Que esse futuro role agora.

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Mestre Ambrósio [Matéria deste notável blog] | Violent Femmes, “Add It Up” | Cat Power, “Free” | Violent Femmes, “Promise” | O jabá, ainda hoje presente | Clube do Bolinha [Wikipédia] | “Casa-Grande & Senzala”, de Gilberto Freyre [Fichamento pra facul] |

 

>FICHA TÉCNICA:

Comadre Florzinha era:
Alessandra Leão: Voz e Percussão
Isaar de França: Voz e Percussão.
Karina Buhr: Voz e Percussão.
Maria Helena Sampaio: Voz e Percussão.
Renata Mattar: Voz, Percussão, Sanfona e Sax.
Telma César: Voz e Percussão.

“Maré”, “Araúna”, “Roseira Di”, “Pirulito” e “Ô Papai” são, segundo o disco, faixas de “Domínio Público”; “Grande Poder”, música de Mestre Verdelinho; “Angicos”, música de Chico Science e Lúcio Maia; “Mais De Oito”, música de Renata Mattar, Telma César e Comadre Fulozinha; “Satuba”, música de Isaar; “Poica” e “Sapopemba”, músicas de Renata Mattar; “O Trem”, música de Karina Buhr, e “Cobra Verde”, música de “Domínio Público”; “Fulozinha”, música de Telma César; “Xiquexique”, música de Tom Zé e Zé Miguel Wisnik; “Tamarineira”, música de Elino Julião.

Gravadora: CPC-UMES.