Editorial #2: Hits SóSucesso!

Por volta da década de 1960, quando a indústria fonográfica bombava, surgiu um termo para um fenômeno típico do período: “one-hit wonders”, que em português livre significa “delicinhas de um sucesso só”. O termo se referia a bandas em geral estadunidenses, muitas delas de garagem, que conseguiam emplacar sucessos – geralmente regionais – que suplantavam o próprio conjunto e sua discografia. Nem sempre condizente com os fatos, posto que muitas destas bandas também tiveram grandes discos para além de apenas grandes faixas, eram pequenos sucessos que ao longo se tornariam referências de uma era, não raro sucessos tornados undergrounds pela ação inexpugnável do tempo.

Nós, da SóSucesso!, escolhemos seguir esta pista e daí então escrevinhar críticas sobre algumas faixas ao nosso ver significativas deste ou daquele artista. Os critérios para a escolha das composições vão desde sua relevância social neste último período (as canções de Jinjer e Desiigner certamente se enquadram fácil neste quesito), à própria natureza de um determinado gênero, como a EDM – ou “eletrônica dançante” –, que muitas vezes desenvolve-se em torno de “tracks” (aqui representada por Jürgen Paape), a apenas e tão-somente o capricho de nossa preferência pessoal com relação a um determinado compositor (O Conde Só Brega, com tantas e tantas faixas de destaque, tem para nós a quase obscura “Cheli” como sua faixa + q d+).

Como tudo, talvez as nossas escolhas gerem controvérsia pelo método usado. Mas o que fazer quando o próprio nome do blog, e da equipe que faz o blog, são contrários aos fatos, ou seja, um blog e uma equipe que tratam fundamentalmente de um monte de, ér, digamos, peças fora da curva? Foi triste.

Esperamos, ao menos, que os textos lhes sejam agradáveis. Assim como a curadoria, claro.

Pedimos, sem mais, que por ora deixem os ouvidos de lado, e ponham seus respectivos olhos nas mal traçadas que seguem. Isto é: leiam, garay!